Por Manuel Luciano da Silva, Médico
A nossa bexiga é o reservatório da nossa urina.
Tem em média uma capacidade de 250 centimetros cúbicos.
É um orgão muscular e com bastante elasticidade.
Tem uma enervação que obedece à vontade da pessoa.
Há bexigas anormais, de nascença, fora da região pélvica.
Doenças da bexiga:
Como todos os nossos órgãos a bexiga está sujeita a infeções bacterianas, fungais, virais, como clamídia; pararisitárias, tais como tricomonas, esquisostamiasis e a pólipos e tumores benignos e malignos.
As infeções da bexiga são as doenças mais frequentes, mas felizmente com a descoberta dos antibióticos especialmente das sulfamidas a medicina venceu uma grande batalha.
Por vezes teremos que usar antibióticos de grande potência para eliminarmos a infeção bacteriana se se trata de microorganismos mais resistentes aos antibioticos mais comuns.
Os tumores da bexiga são mais frequentes nos homens: de 3 para uma nas mulheres.
As causas principais dos tumores da bexiga são as substâncias químicas como naftalina e a nicotina do tabaco.
A nicotina do fumo dissolve-se no plasma e depois passa para urina onde fica muitas horas acumulada dentro da bexiga e com os nossos movimentos a urina dentro da bexiga a ondear, bombardeia as paredes internas da bexiga.
Porque nicotina é um veneno terrível — é como a água em pedra dura, tanto bate até que fura– causando a origem de um cancro na bexiga.
Há três tipos de cancro na bexiga: os papilares, escamosos e os adenocarcinomas.
Quais são os sintomas dos cancros? Confirma-se o diagnótico por cistoscopia que consiste em o especialista examinar com uma luz directamente o interior da bexiga e fotografar e até obter uma biópsia que é um pedacito do cancro para depois ser examinado pelo patologista e ficarmos a saber que tipo de tumor é que se trata para escolhermos o tratamento específico.
Duma maneira geral o tratamento dos tumores da bexiga faz-se com a combinação da radioterapia e da cirurgia.
Outros problemas da bexiga mais frequente e irritantes ligados à micturição:
(1) Frequência ou ter que urinar amiudadas vezes;
(2) Disúria, ter dor a urinar;
(3) Tenesno urinários, apertos a urinar com dores;
(4) Noctúria, ter que urinar frequentemente durante a noite;
(5) Hesitação a urinar, ter que esperar para começar a urinar;
(6) Ter que puxar para urinar;
(7) Os homens devem urinar de pé ou sentados na retrete?;
(8) Incontinência urinária, não conseguir aguentar as urinas;
(9) Poliúria, urinar muito, sinal de diabetes;
(10) Oligúria, urinar muito pouco, sinal e doença dos rins;
(11) Não urinar nada. Sinal muito grave, coma.
Cor da urina:
A nossa urina durante o dia deve apresentar intensidade de cor variada, conforme o que comemos e bebemos.
Claro que se a cor for vermelha temos que verificar que não seja sangue.
Teremos que saber qual é a causa do sangue: uma pedra, uma infeção ou tumor?
Prolapso ou queda da bexiga.
O fundo da nossa região pélvica é com se fosse o fundo dum saco das compras.
A base da região pélvica é formada por um conjunto de músculos como se fossem uma cama de rede.
Esta cama de rede tem que suster o peso de três aparelhos: os orgãos do aparelho urinário:
(1) a uretra e a bexiga;
(2) o aparelho genital, no caso da mulher: a vagina, o útero e os ligamentos e ainda
(3) do aparelho digestivo como o ânus e o recto.
Duma maneira geral quando começa a haver uma queda da bexiga, a mulher começa a sentir muitas dores, forma-se até um bexiga pequena ou cistocelo, obrigando a mulher a ter que urinar muitas vezes e por vezes ficar até incontinente.
Basta um espirro ou tosse para ficar logo molhada. A cirurgia é requerida neste caso.
Causas da queda da bexiga: obesidade, gravidez.
A queda do útero ou prolaso uterino consiste em três gaus: primeiro, segundo e terceiro grau quando o útero sai totalmente para fora da vagina.
Os segundo e terceiro grau exigem tratamento cirúrgico para que a situação seja corrigida.
A urinação é sempre muito mais vantajosa e acessível nas nossas aldeias do que nas vilas e cidades.
Nas cidades americanas não há retretes públicas.
Em Nova Iorque, Boston, Chicago ou Los Angeles não existem retretes públicas.
Há vários anos uma companhia francesa instalou retretes públicas em Nova Iorque, mas não deu resultado.
Em França nos MacDonalds se quisermos usar as retretes temos que mostrar o recibo como comemos qualquer coisa nesse restaurante, doutra maneira não nos deixarão usar a retrete para urinarmos.
Nas aldeias, atrás das paredes, a gozar o panorama, ou entre o milho, resolve-se o problema muito facilmente.
Antigamente as mulheres na lavoura não usavam calcinhas, afastavam as pernas e deixavam a urina cair na terra…
Agora com as auto-estradas como é que devemos urinar? Devemos parar nos restaurantes à beira da auto-estrada e esvasiarmos a bexiga, entre duas a três horas de viagem.
Se aguentarmos muitas horas sem esvasiar a bexiga, enfraqueceremos as paredes da bexiga e estaremos mais sujeitos a desenvolver infecções e cancros, porque a nicotina passa a bombardear as células internas da bexiga muito mais vezes…
Quando paramos para urinar aproveitamos a esticar as pernas e isso serve para evitar coágulos nas barrigas das pernas…